A opinião do professor e Jornalista Roberto Amaral, publicada na revista Carta Capital, no dia 11/03/2015, requer uma leitura cuidadosa. As entrelinhas deste artigo, trazem uma mensagem que periga semear a discórdia entre os Brasileiros. Ao insinuar que corrupção é um detalhe irrelevante diante da dimensão redentora da revolução socialista, o professor Roberto Amaral, usa de um maniqueísmo recalcado, para desaprovar a insatisfação da metade da sociedade brasileira, que não concorda com os fundamentos do neo-maquiavelismo da política atual, e abalada pelo surgimento da neo-ética que justifica a corrupção, permitindo que os fins vão além de justificar os meios e destruir o tecido social, confeccionado a duras penas nos últimos 30 anos de existência do estado de direito em nosso país. Ao afirmar que: “E no dia 15 a direita brasileira, finalmente assumida como tal, isto é, como reacionária e golpista, ameaça ir às ruas para pedir o impeachment da presidente Dilma” o professor Roberto Amaral, taxa a intenção de protestar no dia 15 de março de reacionária e golpista, e vai mais longe ainda, ao pintar o descontentamento da classe média Brasileira, com o pincel das teorias ultrapassadas de Karl Marx e Engles assim como, das teses de economia política do pai do estado comunista da china e ditador Mao Zedung. O Professor Amaral, usou de um reducionismo incomum para um acadêmico de sua estatura e experiência, ao argumentar que as manifestações do dia 15, são a consequência da luta histórica entre a elite (entende-se classe média) e os trabalhadores, ignorando o pequeno detalhe de bilhões de dólares drenados pela corrupção, os escândalos políticos recorrentes, e a má gestão do erário público. Me causa estranheza, ler os comentários do professor Amaral, um jornalista experiente, acusando a imprensa de manipular as massas, sem apresentar nenhuma evidência para reforçar o seu argumento, exceto aquilo que já foi dito pelo 27 vezes Doutor Honoris Causa e ex-presidente da república, e que, diga-se de passagem, ameaçou invocar contraprotestos, dos integrantes do exercito dos Trabalhadores sem terra. É no mínimo lamentável, ler a opinião de uma voz que poderia usar a razão e o pragmatismo político, ao invés do ranço ideológico, que falhou sucessivamente ao longo da história, e não cumpriu nenhuma de suas promessas de justiça social e desenvolvimento econômico. Exemplos não faltam neste sentido, e não será preciso ir longe para verificar.. basta dar uma espiada nos vizinhos do norte (Venezuela) e do sul (Argentina) para compreender a dimensão das transformações sociais, econômicas e políticas que são culpa é claro, dos Estados Unidos. Já no Brasil, tudo é culpa do FHC.
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